quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

A loucura de uma paixão
A herança de uma maldição
Os ciclos viciosos de uma relação
Os frutos de uma concepção.

Verga o tempo da ilusão
Verga as consequências da ostentação
Verga o ser em alentos e decepções
Verga as folhas no outono ao chão.

Teima a vida em semear
Teima o átomo em relação
Teima o homem em sofismar
Teima a existência em esfacelar.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016


Na pira dos anseios
Lança o ser em devaneios
Na ira dos insanos
Pende o ser em ledo engano

Em frases e expressões antigas
Esqueci o presente que respira lida
Mergulhei a sanha de uma vida em chamas
Açoitei o espírito em constante conflito.

 Afoguei os dias em busca de poesia
Arruinei o corpo em busca de conforto

A lírica deste poema em performances satíricas não irão aplacar o Tejo que arde na carne dos teus promíscuos anseios.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Inconsistências existenciais

Rodo o mundo e não encontro Raimundo
Passa o tempo e o coração desalento
Ouço a chuva retardando a procura
Ando rota e louca...

Não acompanhei a turba
Como o ébrio que perde  o rumo ou seria o prumo?
Destilei a ira em momentos vários
Sem consolo ou alívio para o mal em questão.

Pode a vida me escapar
Sem que eu possa me deliciar e entender a genialidade de vagar  a esmo pela terra sem perceber  que em letárgica aspiração não alcanço seu coração.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Faço parte de uma insana confraria
Que subverteu o verbo
Que louva o asco em busca do status
Que reuniu a turba para vender malícias
Que perdeu o rumo procurando insumos
Que arruinou o afeto e promoveu o égo
Que conspirou com os lobos
E morreu entre os tolos


terça-feira, 26 de maio de 2015

TPM


A acidez das palavras,
A rigidez do comentários,
A aspereza da forma,
O imperativo da fala.

Deixam transparecer à cal da existência.
Machuca e fere aqueles mais próximos.
Provoca revolta e irrita por vezes,
Aqueles que nos são tão caros.

A solidão do caminho; percalços da jornada,
Nebulosas e complexas encruzilhadas. 
Quem sabe aprendo em silêncio, 
Sobre quimeras e espadas.









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segunda-feira, 18 de maio de 2015

 Reflexões 

Arte ou oficio
Paixão ou suplício
Divertimento ou sacrifício
Necessidade ou desejo

Folhas ao chão na roda dos anseios
Corre o vento atravessando as estações
Difícil seria permanecer convicto
Discernir princípio, fim ou precipício 
Permanecer leal a roda da fortuna
Girando no poço do Tejo

Andarilho louco procurando o tempo
De encontrar a vida à deriva
Perdido entre armas, traças e devaneios
Flutuando entre as dimensões humanas
Que traduz o tormento em lágrimas
E a frustração em mera aceitação resignada.


Na esperança de tudo encerrar
Sinto a pupila saltar na insana necessidade de vislumbrar o caleidoscópio da imaginação que desperta meus olhos para outros estágios da evolução.




sábado, 9 de maio de 2015

Indagações

Sentindo a pupila dilatar
Expandindo-se como lua cheia
Que no céu da boca faz o coração saltar
Como supernova explodindo no espaço
Tudo pode desmoronar
Ou quem sabe, uma estrela tornar.