quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A PRIMEIRA VEZ QUE ENTENDI
A primeira vez que entendi do mundo
alguma coisa
foi quando na infância
cortei o rabo de uma lagartixa
e ele continuou se mexendo.

De lá pra cá
fui percebendo que as coisas
permanecem
vivas e tortas
que o amor não acaba assim
que é difícil extirpar o mal pela
raiz.

A segunda vez que entendi do
mundo
alguma coisa
foi quando na adolescência me
arrancaram
do lado esquerdo três certezas
e eu tive que seguir em frente.

De lá pra cá
aprendi a achar no escuro o rumo
e sou capaz de decifrar
mensagens
seja nas nuvens
ou no grafite de qualquer muro.
Afonso Romano de S'antana

Um comentário:

  1. Ele me fez lembrar de uma musiquinha que escrevi faz tempo:

    Calanguim cotó

    De vez em quando a gente perde
    o que muito preza
    Fica num pezar de dar dó
    Falta sempre alguma coisa
    A gente fica feito um calanguim cotó
    Calanguim cotó
    seu rabim, cadê?
    Cê não tem rabim
    Eu perdi meu bem
    Calanguim cotó
    O que vou fazer?
    Você sem rabim?
    E eu sem ninguém?

    Mas rabo de calango regenera
    E meu caso também vai solucionar
    Meu benzim partiu meu coração
    E não vai voltar para colar

    Se acaso aparecer um outro alguém
    Meu coração partido vai pulsar
    Eu vou viver feliz com um novo amor
    e calanguim, seu rabim vai voltar!

    Calanguim cotó....


    Rsrs!!!
    Saudades, borboleta!!
    Ah, tô em Minas.
    Meu cel mudou, mas meu e-mail é o mesmo!!
    Beijos

    ResponderExcluir